4 de junho de 2015

Conversando com o Autor - Jim Carbonera


Bom dia, Boa tarde e Boa Noite Leitores \o/

Estão todos bem ? Espero que sim ... (:

Bom leitores, quero pedir mil desculpas, a vocês e aos autores, pois a semana passada, por motivos pessoais não tivemos o - Conversando com o autor. Mas para compensar a semana que ficamos sem o nosso bati-papo, hoje teremos uma mega entrevista com o autor de "Verme!". O nosso convidado de hoje é um dos primeiros parceiros que tivemos,
Que soem os tambores e toquem as cornetas. O entrevistado de hoje é o queridíssimo  Jim Carbonera.

Bom galera, vamos ao que interessa!

Antes de começarmos com as perguntas, fale um pouco de você para os nossos leitores.


Eu que agradeço o espaço para poder falar um pouco de mim e do meu trabalho. Então, sou pisciano do mês de fevereiro e natural de Porto Alegre; cidade que serve de inspiração para as minhas escritas. Iniciei escrevendo contos sobre o cotidiano, expandindo-me com o tempo para outras áreas literárias. Formei-me em turismo e exerci a profissão por quatro anos, antes de abandoná-la para dedicar-me integralmente à literatura. Minha obras têm como cenários ambientes ríspidos, libertinos, melancólicos e atrozes, e meus personagens possuem a subversividade como características principal. Sigo o estilo literário do Realismo Urbano e Transgressivo. Sou autor dos livros Divina Sujeira (2011) e Verme! (2014). E entre agosto e outubro deste ano, estarei lançando meu terceiro livro: Royal 47.



1. Quando descobriu que queria escrever? De onde surgiu a ideia de um Livro?
Escrevo desde 2009. Li o livro Factótum do escritor Charles Bukowski, e vi que a literatura poderia sair do âmbito formal e se transferir para narrativas agressivas e feroz. Vomitar as palavras de maneira honesta, sem glamourizar. Depois que terminei de ler esse livro, comecei a escrever num blog histórias minhas, de amigos e notícias que eu lia na internet e jornais; tudo em forma de contos. Conforme as pessoas iam elogiando os textos, comecei a me motivar e a pensar em tratar a literatura como profissão. A partir daí comecei a compilar os contos do blog e formatei-o como um livro.


2. Qual a sensação de escrever?
A mesma que beber, transar ou escutar música. Pra mim é um prazer e um deleite, pois sou apaixonado por isso.


3. Quanto tempo demorou a escrever seu primeiro Livro?
Como houve essa compilação de contos ao longo de quase dois anos, não tenho muita ideia. Mas o Verme! que sentei na cadeira com o objetivo de escrever um romance, foram na base de 7 meses (sem contar correção, etc).


4. Tem algum Ritual para escrever? Qual?
Gosto de beber algum destilado com outra bebida. Tipo: gim-tônica, Frenet com Coca-Cola ou rum com Pepsi. Mas sem exagero. Dois ou três copinhos no máximo. Serve para calibrar um pouco minhas ideias.


5. Em questão da publicação de seu primeiro livro: O que foi mais difícil desde a obra pronta até seu Lançamento?
Segurar a ansiedade. Ficava nervoso cada vez que pensava no dia “D”. Mas no fim se vê que não tem mistério nenhum. Tudo ocorre com muita naturalidade.


6. Ainda hoje, encontra dificuldade em publicar seus livros?
Quando não se é um artista renomado (seja da área que for) a dificuldade sempre aparece. Ao mesmo tempo, a gente começa a pegar uns macetes que quando iniciamos não temos. Sabemos melhor como as editoras trabalham. E isso facilita um pouco a vida. Porém, com certeza sempre haverá dificuldade neste mercado tão desonesto que é o da literatura.


7. O que acha dos escritores atuais? E os mais antigos?
Depende do que você diz atual e antigo. Meu escritores preferidos, em sua maioria, ainda estão vivos. Mas tudo com mais de 50 anos. Em todas as épocas tivemos grandes escritores. Temos é que nos desenraizar um pouco da cultura norte-americana. Tem escritores excelentes aqui no Brasil, na Argentina, na Colômbia, em Cuba, no Uruguai, Chile, etc. A América, como um todo, tem autores de muita qualidade. Só precisamos dar chance para eles.


8. Como cria seus personagens? São inspirados em pessoas reais ou são fictícios?
Os dois. Alguns são ficcionais, os crio antes de começar a escrever ou simplesmente surgem num determinado ponto da história. Outros são inspirados em pessoas reais. Assim como o conteúdo do enredo; uns verdadeiros, outros invenções.


9. Das suas obras, qual seu personagem favorito? Por quê?
Meu personagem favorito é protagonista das minhas obras, Rino Caldarola. Ele é corajoso e autêntico. Tem um desprezo pela sociedade que às vezes eu também gostaria de ter. E é sincero ao extremo, o que volta e meia é confundido com arrogância e antipatia. E não se deixa doutrinar pelas imposições sociais que, em sua grande maioria, são hipócritas e descabidas.


10. Quais são seus livros, autores e personagens favoritos? Eles te influenciaram de alguma forma na sua vida como escritor?
Meu grande herói na literatura é o cubano Pedro Juan Gutiérrez, e meu livro favorito é Animal Tropical, deste mesmo autor. Personagem eu gosto muito do Sal Paradise, do livro On The Road. Acho que me identifico um pouco por ele ser um aspirante a escritor de classe média, morar com a mãe, gostar de beber e ser um cara com ideias genuínas. E com certeza, tanto o Pedro Juan como o Sal Paradise me influenciaram. Me fizeram enxergar que eu poderia colocar intensidade nas palavras, sem medo. Poderia jogar limpo com o leitor, sem qualquer tipo de joguinho. Arrancar o coração e a alma e pôr no papel.


11. O que mais lhe chama a atenção em suas obras?
Acho que a naturalidade dos personagens. Não tento fazer média com grupo A ou B. Não penso muito nas consequências. Gosto de explorar a parte obscura do ser humano, aquela que tentamos esconder. Essa, para mim, é o que revela o nosso verdadeiro eu. Nossa fantasias e segredos que tentamos guardar a sete chaves, mas que volta e meia, acabamos expondo em dado momento da vida. Vivemos numa sociedade em que atuamos diariamente. Temos que nos encaixar nesse ou naquele grupo, e somos obrigados a agirmos como atores. Por isso não me interessa esse lado dos humanos, pois é falso. Diferentemente daquele que nos angustia e, em alguns casos, nos enlouquece. E é sobre esse lado, o soturno, que eu gosto de abordar. E o leitor se identifica com eles, pois conseguem sacar que são reais, e não um conto de fadas.


12. Qual Livro recomendaria aos seus Leitores?
Trilogia Suja de Havana do cubano Pedro Juan Gutiérrez, Clube da Luta do norte-americano Chuck Palahniuk, Baixo Astral do chileno Alberto Fuguet e Tanto Faz & Abacaxi do brasileiro Reinaldo Moraes.



Bom , para finalizarmos, deixe uma mensagem para os seus leitores?





Agradeço o carinho do fundo de minha alma. Para quem está começando, é MUITO gratificante receber esta atenção. E afirmo: a admiração é recíproca. Pois num país onde se lê muito pouco e, quando se lê, boa parte do pessoal busca autores midiáticos; para mim é uma vitória imensa conseguir ganhar leitores e admiradores com essa literatura transgressiva que me propus em escrever. Um grande beijo e todos!






Então Leitores, terminamos mais um -Conversando com o autor - espero que estejam gostando.o papo de hoje foi show! Não foi? Já estão ansiosos para o próximo?! Eu estou. \o/. Quem será o próximo autor nacional que nos dará a honra de saber um pouco mais sobre ele?

Quero agradecer ao Jim Carbonera pelo carinho e atenção que teve com o nosso blog.


E você, que quer saber mais sobre o autor, acesse http://www.jimcarbonera.com/. No site do Jim irá encontrar tudo sobre a suas obras e mais sobre ele. Além de poder adquirir o seu exemplar do livro "Verme!. Também poderá comprar pelas livrarias Cultura ou diretamente com o autor pelo email: jimcarbonera@gmail.com

Convido a todos, que ainda não leram "Verme!"  a conhecer esses mundo autêntico de Rino.
A resenha do Livro você encontra aqui http://thehouseofstorie.blogspot.com.br/2015/03/resenha-verme.html



Bom leitores, espero que tenham gostado, do -Conversando com o autor - dessa semana. Aguardo vocês semana que vem. 

Quem será o próximo autor ou autora ?


Estão curiosos? Fiquem de olho.  


Beijocas a todos, até a próxima. 

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