15 de novembro de 2016

Resenha - Édipo Rei



Titulo: Édipo Rei
Autor: Sófocles
Editora: Best Bolso
Nº de paginas: 191

Édipo Rei é uma das obras-primas da literatura universal. Uma tragédia grega que desperta o interesse no mundo ocidental desde que foi representada pela primeira vez, em Atenas, no ano de 430 a.C. Revela a história do herói que luta contra as forças invisíveis do Destino e da Fatalidade, mas é por elas derrotado e completamente destruído. Sófocles conduz a ação dramática e entrelaça os acontecimentos com admirável maestria.


Oi gentemmm
Hoje vou falar de uma obra bem diferente de todas que já resenhei até agora... trata-se de uma peça teatral, um clássico da literatura ocidental – Édipo Rei.

Como tenho um grupo de teatro já estou bem acostumada a ler textos desse tipo, porém esse em específico, li por indicação de um professor da faculdade e simplesmente amei!

Nem todo mundo leu essa obra, mas aposto que a grande maioria de vocês já ouviu falar sobre ela pelo menos uma vez na vida, não é verdade???

Principalmente devido ao termo “Complexo de Édipo”, criado por Freud, para denominar o conjunto de desejos amorosos que o menino experimenta em relação a sua mãe... tem haver... mas não é bem assim, mesmo porque Freud apenas se inspirou na história para criar tal termo... digamos que o buraco é mais embaixo... só lendo pra entender sobre o que estou falando...

Édipo Rei é uma peça teatral escrita aproximadamente no ano 430 antes da era cristã (tempo pra caramba hein rsrsrsrs) pelo grande trágico grego Sófocles.

Essa obra faz parte da Trilogia Tebana, formada por Édipo Rei, Antígona e Édipo em Colono.
O negócio é o seguinte, o rei Laio e a rainha Jocasta, de Tebas, tiveram um filho, e ao consultar os oráculos tiveram a informação de que o destino do mesmo era matar o pai e casar com a própria mãe... na tentativa de alterar esse trágico destino, Laio ordena seus subordinados a darem fim a esse pequeno infortúnio, porém um dos empregados fica com pena e não mata o bebê e o entrega para uma família de um reino vizinho, Corinto...

Édipo cresce nessa nova família, sem desconfiar de nada... Quando Édipo fica maior, um velho o informa que ele é adotado e que seu destino é matar seu próprio pai e casar com a mãe, o que faz Édipo fugir mais do que depressa de Corinto... e por uma ironia do destino, ele vai em direção a Tebas...

“Ah! gerações humanas, ah! mortais,
não passa de ilusão a vossa vida.
Qual o mortal que, tendo conseguido
provar um pouco de felicidade,
bastante para se dizer feliz,
não a perdeu assim que ele julgou
que o destino jamais lhe roubaria?
Teu exemplo, teu trágico destino,
ó desditoso Édipo, me ensina
a não chamar feliz nenhum mortal.”

Aí começa o verdadeiro problema... não gosto de dar spoilers, então vou parar por aí se não vou acabar revelando algo que não devia, rsrsrsrs.

Mas uma coisa é certa, só entendi o verdadeiro significado da expressão “tragédia grega” depois de ler esse livro... a essência dessa expressão seria mais ou menos assim... desgraça pouca é bobagem, sacou?! É isso mesmo pessoal, é desgraça atrás de desgraça... treta atrás de treta... não existe monotonia... para falar a verdade fiquei com dó do Édipo, pois ao meu ver ele foi na verdade uma grande vítima de toda a história.

Os textos, peças de teatro da época tinham a função de educar o povo e o que eles queriam era que as pessoas não tentassem mudar a sua condição social, econômica ou nada parecido... as pessoas tinham que aceitar e se conformar com o que eram e pronto!

Aí eram criadas histórias como essas, que reforçavam a ideia e mostravam os deuses punindo quem tentasse o contrário... quem tentasse mudar o próprio destino acabaria se dando mal...

Além de ser uma obra excepcional, com um enredo maravilhoso e cheio de surpresas, também a indico pela experiência nova de ler um texto teatral, que é bem diferente de ler os livros que estamos acostumados nos dias de hoje.

A leitura não é difícil e rapidamente você se acostuma com a linguagem diferenciada.
Depois de conhecer Édipo, você vai pensar duas vezes antes de usar a expressão “tragédia” na sua vida, rsrsrsrsrs

Beijos literários


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