26 de novembro de 2015

Conversando com o Autor - José Casado Alberto


Olá, pessoa! Vamos para mais um Conversando com o autor?

Desta vez, faremos um pequeno desvio, atravessaremos o oceano e desembarcaremos nas terras de além-mar.

José Casado Alberto mora em Aveiro, um município de Portugal. Desde cedo mostrou interesse pela arte do contador de histórias, desde o romance ao documento histórico, passando por filmes, séries ou jogos.

Em 2014, começou a formular seu primeiro romance, Seguindo a Lei da Arma, ao ouvir a música Big Iron, da trilha sonora de um dos seus jogos favoritos.

Atualmente, estuda Biotecnologia na Universidade de Aveiro.

Bom galera, vamos logo conhecer o autor!

Antes de começarmos com as perguntas, fale um pouco de você para os nossos leitores.


Boas! O meu nome é José Casado Alberto, escritor vagabundo e criatura de imaginação demasiado fértil, oriundo da região de Aveiro em Portugal. Tenho 25 anos, recentemente concretizados. Estudei Biotecnologia na Universidade de Aveiro, mas dedico-me agora à minha verdadeira paixão: a literatura.









1. Quando descobriu que queria escrever? De onde surgiu a ideia de um Livro?
A leitura sempre foi uma das minhas principais paixões, talvez mesmo a mais importante. No entanto, a ideia de eu mesmo escrever as minhas próprias histórias nunca permeara o meu consciente até que, um certo e fatídico dia, enquanto discutia, apaixonadamente, com a minha mãe um qualquer livro que acabara de ler (cujo o título já não me recordo), ela sugeriu: “Porque não escreves tu um livro”. Desde então nunca mais me imaginei a fazer outra coisa senão escrever.

2. Qual a sensação de escrever?
Pessoalmente, vejo as minhas histórias como um teatro privado nos confins da minha mente, que depois traduzo em linguagem escrita, de modo a torná-lo acessível à imaginação de qualquer potencial leitor.

3. Quanto tempo demorou a escrever seu primeiro Livro?
Tenho de admitir que quando primeiro me foquei na escrita criativa, comecei por ideias demasiado grandiosas. Sagas de fantasia épica e mundos conjecturados de raíz. Rapidamente compreendi que essa seria uma tarefa demasiado esmagadora para um escritor novato. Então decidi optar por uma história mas concisa e focada, que assumiu a forma do meu trabalho inaugural: “Segundo a Lei da Arma”. Ainda pretendo regressar aos meus mundos de fantasia e ficção científica épica (em breve, espero eu), mas, por enquanto, estou mais concentrado em partilhar o meu actual trabalho com todos os meus potenciais leitores.

4. O que mais lhe chama a atenção em sua obra?
A possibilidade de explorar fantasias macabras ou estranhas, que, na vida real, seriam atribuídas a um louco ou a um maníaco. De poder transmitir e discutir ideias estranhas, aversivas ou simplesmente aborrecidas de forma deleitável e divertida. Mas, acima de tudo, ser capaz de entreter e evocar rasgos de imaginação e escapismo na mente do leitor, recorrendo apenas a meras e simples palavras. Qual de nós não comunica ou escreve diariamente? Contudo, quando disposta e combinada de maneira correcta, a linguagem, escrita ou falada, pode abrir portais para mundos impossíveis ou, simplesmente, fora do alcance do comum mortal.

5. Por que decidiu escrever no gênero romance?
Talvez porque sempre foi o elemento mais prevalente da minha dieta literária. Aliado a uma imaginação que considero, não querendo parecer demasiado arrogante, bastante fértil e fecunda.

6. Como cria seus personagens? São inspirados em pessoas reais ou em fatos?
Diria que a criatividade não descrimina fontes, pelo menos no meu caso. Já criei personagens baseadas em membros da minha família, e já criei personagens baseadas em figuras quer históricas, quer fictícias. Na minha opinião, tudo vale, seja imaginário, real, ou mesmo pessoal.

7. Nas suas obras, qual seria o seu personagem favorito? Por quê?
A personagem que, de momento, me é mais querida participa no trabalho que estou actualmente a concretizar. Como tal, terá de continuar relegada ao segredo dos deuses. Em relação ao meu actual, primeiro e único trabalho editado, teria de admitir um carinho pessoal pelo Forasteiro de Negro. Sempre senti uma fascinação peculiar por personagens que poderiam, digamos, ser descritas como imorais, caóticas, mas que, no entanto, seguem o seu próprio código moral, incompreensível a todos excepto ao próprio. O Super-Homem de Nietzsche, suponho.

8. Quando escreve, você tem algum tipo ritual? Qual seria ele?
Para escrever, nem por isso. Sento-me em frente do computador e as palavras fluem por si, embora a qualidade das mesmas possa variar de sessão para sessão. No entanto, quando estou ainda no processo embrionário de cogitar enredo e cenário, tendo a reflectir em movimento constante. Percorro, incessantemente, os corredores da minha casa, ou, quando o dia se revela particularmente agradável, as ruas da minha cidade, em busca de ideias e invenção.

9. Falando um pouco sobre os escritores antigos e atuais, qual sua opinião sobre eles?
Acho que hoje, tal como como no passado, existem bons e maus escritores. Escritores com sucesso merecido e escritores criminalmente menosprezados. Sempre assim foi e sempre assim será. Como leitor, pessoalmente, leio de tudo (dentro dos meus gosto, como é óbvio), desde escritores da era da pena e tinta, aos mais modernos criativos da actualidade digital.

10. Quais são seus livros, autores e personagens favoritos? Eles te influenciaram de alguma forma na sua vida como escritor?
Sem dúvida. Tudo o que leio, vejo e oiço influencia a minha escrita e engenho. Robert Jordan (Roda do Tempo/Wheel of Time), Frank Herbert (Duna/Dune), Brandon Sanderson (Mistborn) e, principalmente, Philip K. Dick. Em relação a personagens marcantes, sem dúvida o carismático ladrão e líder Kelsier, do livro The Final Empire (primeiro da trilogia Mistborn), descreveria o meu arquétipo predilecto numa personagem. Um revolucionário conflituoso, inserido num mundo distópico, disposto a tudo para o arrasar até às fundações, de modo a criar algo melhor a partir das cinzas. Aprecio, particularmente, o inevitável desfecho trágico deste tipo de personagem. A utopia apenas existe no reino do desejo, mesmo em livros e romances.

11. Em questão da publicação do seu primeiro livro: O que foi mais difícil desde a obra pronta até seu Lançamento?
As sucessíveis e, aparentemente, intermináveis revisões. Quando chegamos à sexta ou sétima releitura da mesma história, a magia da ficção começa a perder algum do seu lustre.

12. Ainda hoje, encontra dificuldade em publicar seus livros?
Sendo que ainda estou a iniciar-me na minha primeira edição, não tenho uma base de comparação propriamente diversa. Parece-me que, no panorama actual, o principal obstáculo não será a própria edição, mas o sucesso comercial da mesma.

13. Qual Livro recomendaria aos seus Leitores?
Em primeiro lugar, o meu, como é óbvio. Mas, brincadeiras à parte, recomendaria qualquer livro que os absorva por completo. Ler é algo maravilhoso, e qualquer livro, seja ele qual seja, que consiga capturar a atenção do leitor da primeira à última página é merecedor de elogio. Pessoalmente, o meu livro favorito é o “Ubik”, da autoria de Philip K. Dick; empatado, talvez, com o clássico: “Alice no País das Maravilhas.” Fica a dica para os leitores principiantes nos reinos do fantástico e ficção científica.



Bom , para finalizarmos, deixe uma mensagem para os seus leitores?



Em primeiro lugar, obrigado pela atenção e paciência (presumo que tenham aturado as minhas divagações até à última). Em segundo, dêm uma olhadela ao meu livro: “Segundo a Lei da Arma”. Talvez até fiquem convencidos a adquirir uma cópia. Mas, acima de tudo, leiam muito e leiam com prazer.








E assim chegamos ao fim de mais um Conversando com o autor.

Para comprar a obra ou conhecer um pouco mais sobre o autor, visite os links abaixo:

Facebook: https://www.facebook.com/josecasadoalberto
Site: https://www.chiadoeditora.com/autores/jose-casado-alberto

Até a próxima semana!!! \o/


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