Autor(a): Lucilla Guedes
Editora: Chiado
Nº de paginas: 228
Alice é uma advogada beirando os trinta anos, que mora em Curitiba e sonha com o verdadeiro amor. O problema é que ela é apaixonada – desde menina – por Max (atual namorado de sua melhor amiga, Helen), nutrindo, por ele, uma paixão platônica.Esse sentimento se reacende na época da faculdade quando o reencontra como professor do curso de Direito. Alice resolve não revelar que fora sua vizinha quando criança e inicia um flerte com Max, mas a história toma outro rumo quando ele conhece Helen e eles começam a namorar.Sofrendo com essa paixão não correspondida, Alice conta sempre com o apoio de Alan, seu amigo e confidente, mas vê evaporarem suas últimas esperanças ao saber que Max pediu Helen em casamento. Abalada com a notícia, com a autoestima “no pé” e tentando “dar a volta por cima”, Alice decide ousar, com um vestido pra lá de provocante, justamente na festa de aniversário à fantasia de Helen (em que quase todos estão vestidos como as personagens de Alice no País das Maravilhas) e então desperta — novamente — o interesse de Max, que tenta seduzi-la.Será que Alice conquistará o homem dos seus sonhos?
Acho que a maioria dos leitores
que viram ou verão a capa desse livro, tiveram ou terão o mesmo pensamento: “Provavelmente
é uma releitura de Alice no país das maravilhas”. Eu tive esse mesmo
pensamento, porém, após terminar a leitura, percebi que a semelhança entre os títulos
foi, em minha opinião, uma forma de despertar ainda mais a curiosidade do
leitor sobre o enredo. Apesar de ter muitas referências sobre “Alice no país
das maravilhas”, o livro é contato entorno de um belo e envolvente triangulo amoroso.
“Alice no país do amor”, como o
próprio titulo já diz, retrata a vida de Alice, uma advogada bem sucedida, que
sempre foi apaixonada por um cara mais velho, que fez parte da sua infância.
Com o passar dos anos, o reencontrou na faculdade como seu professor e se viu
mais uma vez presa aquele amor. Nunca enxergou as possibilidades de amar outra
pessoa.
Alice enfrenta, com quase 30
anos, o desgosto de saber que sua melhor amiga, Helen, irá se casar com o “amor
da sua vida”, Max. Como enfrentar essa situação? Alice tenta da melhor maneira:
tentando não acreditar que seja verdade. Com a ajuda de seu melhor amigo, Alan,
ela vai levando essa situação e a vida da melhor maneira possível.
"Nada é tão devastador quanto o amor não correspondido. Mas quando
o homem amado decide se casar com outra, e esta outra é sua melhor amiga, a dor
parece infinita. Sentia-me oprimida, e ao mesmo tempo, flutuar, como se o mundo
inteiro houvesse desaparecido e eu vagasse num imenso nada."
O problema é quando o aniversario
de Helen chega e os seus sentimentos por Max são aflorados mais uma vez, devido
a um acontecimento após a festa. Por ironia do destino, Alice não sabe como
enfrentar aquela situação e mais uma vez é nos braços de Alan que vai se
aconselhar.
O enredo vai girando entorno do
amor de Alice por Max e sua amizade com Alan, desde a sua infância até a sua
fase adulta, após o aniversario de Helen.
“Alice no país do amor” é aquele
típico livro de romance que tem o bendito triangulo amoroso. E o mais clichê de
todos, onde uma menina e um menino se conhecem na infância, se tornam melhores
amigos, porém um supre um amor escondido, mas não o revela por medo de não ser
correspondido e estragar a amizade. Ainda em meio a tudo isso, a menina se
apaixona por um cara mais velho, e é nos ombros do melhor amigo que chora as
suas magoas sobre esse amor. Isso tudo pode incomodar no desenrolar da
historia? Se você não é um fã de romances clichês, sim, pode incomodar. Porém,
se gosta desse tipo de enredo, é de “encher os olhos e o coração” de suspiros e
emoções. E para ser sincera, saber disso não me incomodou em nenhum momento. Só
despertou mais meu interesse em saber com quem ela terminaria! Ê final
surpreendente!
“A vida é risível: um rascunho nunca passado a limpo, um ensaio que
nunca se transforma em noite de estreia”.
Alice, em algumas passagens, me
fez ficar de “cabelos em pé” e bem irritada com algumas de suas atitudes. Mesmo
parando para refletir sobre elas, e me colocando na pele da personagem, não consegui
entender a sua falta de maturidade em alguns capítulos. Vou explicar: a
impressão, em alguns capítulos, é que a personagem principal parece ter 16
anos, que é a fase onde as meninas se iludem com um cara perfeito, com um
príncipe encantado, que chega em um cavalo branco; e não com quase trinta anos,
como é relatado desde o inicio do livro. Por favor, não me entendam mal, não é
que as mulheres de 30 anos ou mais não possam sonhar com um príncipe encantado,
mas senti falta da maturidade que a idade traz, da personagem se impor como uma
mulher feita, se colocar perante algumas situações.
Continuando...
O livro é narrado por Alice. É uma
leitura fácil e fluida, fazendo com que o leitor entenda com clareza os
sentimentos da protagonista, por todos os personagens envolvidos. Mas, além
disso, faz com que o leitor reflita sobre cada situação no desenvolver do
enredo e se coloque no lugar da nossa personagem. Para mim foi o auge do enredo,
pois foi onde me despertou varias emoções. Em suas 228 paginas, temos muitas
reviravoltas e vemos os personagens amadurecerem (para minha alegria), e
enfrentarem os obstáculos de uma forma envolvente, que desperta no leitor a
vontade de querer saber o que irá acontecer com cada um deles em seus últimos
capítulos.
"Era isso que eu queria: o amor. Um inventado ou falsificado, não,
muito obrigada! Não queria andar por aí, me enganando, de braços dados com um
amor de mentira, por fissura de encontrar um de verdade."
Recomendo a quem goste de um
romance clichê, envolvente e que desperte varias emoções.
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