20 de fevereiro de 2016

Resenha - A Rainha Vermelha







Titulo: A Rainha Vermelha
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Nº de paginas: 424

O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare Rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso... Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

Mare vive em Palafitas, vilarejo do reino de Norta. Uma sociedade que divide seu povo em pessoas de sangue prateado e de sangue vermelho. Os cidadãos de sangue prateado são os afortunados, esbanjadores e possuem poderes diversos: controlar a água, o fogo, podem dominar mentes, etc, etc. Os de  sangue vermelho são os miseráveis, que precisam se desdobrar a cada dia para sobreviver à crueldade prateada.

Entre tantos males severos aprovados pelos nobres, a guerra é a mais citada no livro. Quando um adolescente vermelho, seja ele homem ou mulher, completa dezoito anos, obrigatoriamente é levado para os campos de batalha - mais propriamente para a morte - no qual, a elite não arrisca nenhum dos seus. Um vermelho só não pode ser levado se tiver um trabalho fixo. Porém, são raros os que conseguem uma chance. Se alguém conseguir uma, deve se agarrar com todas as forças que tem. É sua única oportunidade de permanecer vivo.

E é nessa fase da vida de Mare que o enredo se inicia. Três dos seus quatro irmãos já foram levados, ao passo que a data do seu décimo oitavo aniversário está próxima e ela não tem qualquer perspectiva em sua vida. Sua ''ocupação'' é roubar ao lado do amigo, Kilorn. Tudo começa a tomar ruma no dia em que o chefe de Kilorn falece e, como é previsível, ele perde o emprego. Mare jura ao amigo que encontrará um modo de salvá-lo. Descobre então que pessoas podem ser transportadas pelo submundo do mercado negro, mas isso custa muito dinheiro. Valor no qual, os dois não têm. E é numa das tentativas de consegui-lo, que um roubo de Mare dá errado. Um homem peculiar a impede de roubá-lo e depois disso a vida dela muda bruscamente.


De uma hora para outra, ela é chamada para trabalhar no palácio. Em uma das festas que acontece para escolher a futura noiva do príncipe mais velho e herdeiro de Norta, na frente de todos os nobres, é revelado um poder que Mare nunca em seus sonhos mais loucos imaginou possuir. Para acalmar os burburinhos e a força que os rebeldes vêm tendo a cada dia, o rei e a rainha bolam a ideia de comunicar que ela, na verdade, é uma prateada criada por vermelhos e depois de anos voltou ao mundo que  realmente pertence. A maioria, claro, fica com a pulga atrás da orelha e falam ainda mais mal da ralé para testar sua reação. Porém, para proteger sua família ela deverá concordar com essa e tantas outras coisas... Mas por quanto tempo conseguirá fazer isso? Quem merece sua confiança?

“A ponta de metal pica e arranca sangue. Quando tiro a mão da orelha, posso ver a mancha rubra em meus dedos. É isso que sou.

O que é transmitido ao leitor logo de primeira é que ''A Rainha Vermelha'' vai ser uma distopia como tantas já lidas. Um governo extremamente totalitário que, em um determinado momento, é alvo do levante de um grupo rebelde. lutando por justiça e igualdade. Aí você pensa que a história vai ter um monte de clichês e, de fato existem muitos, mas eu realmente não sei o que acontece com esse livro. Apesar de ser a cópia da cópia, a Victoria conseguiu criar algo que me prendeu do começo ao fim. E isso foi extremamente chocante para mim. Eu acredito que tenha sido pelo modo de escrever dela. A escrita apaixonante salvou essa obra.

Eu PRECISO comentar sobre o marcador que veio destacado na orelha de trás do livro - aliás, toda a arte dele é muito bonita. A Editora Seguinte vem trazendo cada vez mais edições com esse brinde. Todas as editoras poderiam fazer o mesmo. Uma ideia ótima, simples, criativa e que deixa os leitores ainda mais felizes com a compra.

A cada capítulo pelo menos uma reviravolta acontece. Os capítulos foram considerados grandes na minha opinião. Só que, como a leitura te enfeitiça, você nem percebe eles passarem. Chega um ponto da história que você sente que a protagonista de antes ficou lá em Palafitas para dar lugar a outra que vai amadurecendo cada vez mais e aprendendo com os seus acertos e erros, descobrindo de uma maneira dolorosa quem está do seu lado, afinal todo mundo trai todo mundo.

Ah, antes que me esqueça... o segundo livro dessa trilogia foi lançado agora em fevereiro aqui no Brasil. Como vocês podem desconfiar, já quero!!!



6 comentários :

  1. Oi Oi,

    conhecendo o blog agora! Amei o layout! Sou absolutamente louca para ler esse livro! Todo mundo ama!

    Beijos!
    Visite o Mademoiselle Loves Books
    http://www.mademoisellelovesbooks.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Opa, maravilhoso saber que tu gostou do nosso cantinho <3
      A construção da história em um todo foi muito gostosa de ler.
      Espero que seja uma boa experiência pra ti!
      Beijos e ótima semana.

      Excluir
  2. Oi, Emily!
    Como sempre, ótima resenha. Tô meio cheio de distopias, mas o que pode diferenciar e animar é exatamente a forma de contar a história pelo autor/autora. Quase li esse livro, mas acabei passando pra frente. Quem sabe um dia?
    Bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caaaaaaaarl :D
      Obrigada!!!
      Também tenho esse problema com temas que passam a ficar manjados, mas a leitura desse valeu a pena. Fiquei mega encantada com a abordagem na escrita que a autora resolveu escolher.
      Espero que gote mesmo ^^
      Beijos e ótima semana!

      Excluir
  3. Oi Emily!
    Ainda não li "A Rainha Vermelha", mas já me aconteceu de me deparar com livros que parecem ser só "mais do mesmo", mas cuja narrativa dos autores me cativa completamente. É o tipo de livro bom para relaxar, né?
    Beijos,
    alemdacontracapa.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Mariana, seja bem vinda
      Então, eu li esse livro depois de ter concluído a leitura de livros com temas pesados e bem chocantes. Eu nem ia ler esse agora, só que eu queria relaxar mesmo a mente, sabe? E como tu disse, nada melhor que uma premissa como essa pra cumprir esse plano.
      Um super abraço pra ti. Volte sempre :*

      Excluir