24 de setembro de 2015

Conversando com o Autor - Carlos Barros


Bom dia, Boa tarde e Boa Noite Leitores \o/

Estão todos bem ? Espero que sim ... (:

Não poderia começar o - Conversando com o autor - dessa semana de outro jeito.
Há cinco meses atrás, o The House of Stories ganhava vida, e as parcerias com os nossos talentos da literatura nacional se formavam. E entre esses maravilhosos parceiros, conheci o nosso convidado de hoje. Com o vinculo e o carisma, ele se tornou uma peça essencial para o THStories, e uma amizade insubstituível. E só tenho a agradecer por isso.
É com um grande carinho e orgulho que apresento o - Conversando com o autor com Carlos Barros!


Antes de começarmos com as perguntas, fale um pouco de você para os nossos leitores.


Cresci em Belo Horizonte e quando terminei o Ensino Complementar, impulsionado pela vontade de conhecer novos lugares, fui para Lisboa, Portugal. Passei a trabalhar durante o dia e estudar à noite, na faculdade, onde escrevi pequenos contos de ficção, narrativas sobre obras de arte e artigos para o jornal acadêmico. No período de quase cinco anos, fiz praticamente de tudo para conseguir pagar meus livros e sobreviver. Desde redações pagas por meus colegas de sala, passando por porteiro de restaurante popular, monitor colegial, garçom, até vendedor ambulante e desenvolvedor de sistemas de informática. Foi nessa última profissão que consegui um sustento maior. E foi ela que me proporcionou conhecer quase todo o país e criar histórias de todos os gêneros. Quando retornei ao Brasil, resolvi colocar no papel uma delas, Fugitivos.


1. Quando descobriu que queria escrever? De onde surgiu a ideia de um Livro?
Ainda criança, lá pelos seis anos, quando comecei a folhear gibis e aprender as primeiras palavras. De alguma forma, queria completar as aventuras que lia. No início, pensei em desenhar, mas como não possuía esse dom, passei para a escrita. Criei algumas histórias de ficção-científica e outras de aventuras fantásticas, mas nada que prestasse. Ano passado, devido a uma epifania, resolvi que era hora de encarar a escrita como algo sério. A história de Fugitivos era a mais simples de escrever, por isso optei por ela.

2. Qual a sensação de escrever?
Para entender, imagine o seguinte: você ganha o poder de criar personagens, aventuras, guerras, criaturas impossíveis. Você pode fazer um casal se amar ou odiar, pode fazer surgir o pior inimigo ou o mais corajoso herói, pode destruir um mundo ou dar vida a outro. E sabe qual o limite do que pode ou não fazer? Sua imaginação! Então, o que acha que se sente quando se escreve? Você tem a chance de realizar o que desejar, de transformar em palavras o que não consegue na vida real. E mais: você permite que todos os que lêem vivam essas histórias, que riam ou chorem com elas, que aprendam. Você pode mudar vidas no mundo real. Ou seja, amo escrever!

3. Quanto tempo demorou a escrever "Fugitivos" ?
Um ano certinho. Queria que tivesse sido menos, mas já reparou no número de páginas? rssssss Como trabalho de dia, usava as madrugadas para escrever. Não pela tranquilidade e, sim, pela necessidade. Depois teve um trabalho de revisão que também demorou um pouco. Mas, acho que consegui tudo em um tempo razoável. :)

4.  Como cria seus personagens? São inspirados em pessoas reais ou em fatos?
A primeira coisa que faço é criar a história. Depois, começo a imaginar que tipo de personagem se encaixa nas coisas que acontecem. E, por fim, como eles poderiam ser fisicamente e psicologicamente. Às vezes procuro foto de pessoas parecidas, para usar detalhes da aparência. Mas não uso nada das pessoas que conheço.

5. Em diversas resenhas e ouvindo muitos leitores do seu livro, sei que ele tem vários tipos de ambientes. Esses ambientes são reais ou surgem quando começa a escrever?

Sim, em Fugitivos, com exceção da casa onde os personagens moram, todos os lugares por onde eles passam são reais. Preferi assim, apesar do trabalho maior na fidelidade das descrições, para poder transmitir ao leitor o máximo de realidade perante as situações que os personagens passam. Muitos autores preferem criar ambientes que se adaptem às circunstâncias, mas no caso desse livro, queria que os personagens se adaptassem ao ambiente real por onde viajaram. Imaginei como seria se realmente cinco garotos resolvessem fugir e atravessar mais de 2000 quilômetros de solo brasileiro, passando por cidades e enfrentando dificuldades reais.

6. Em "Fugitivos", qual seria o seu personagem favorito? Por quê?

Realmente não tenho. Nem sequer Caio, o principal. Os cinco garotos tem suas próprias personalidades, e, segundo quem já leu, fica bem evidente a diferença entre eles. Bianca, a mais nova, de cinco anos, representa a total inocência e a necessidade de cuidado; Jonas, de onze anos, é a alegria perante o sofrimento, o atrevimento de se sentir alegre mesmo quando chora por dentro; Fernanda, é a impotência da juventude e do sexo feminino perante a violência e o machismo; Caio é a coragem que se conquista quando se perde tudo e nada mais importa; e Gabriel, é o ponto de equilíbrio entre todos, aquele que mantém o grupo unido e que transmite a esperança de que conseguirão vencer. Assim, amo os cinco!

7. Quando escreve,você tem algum tipo de ritual? Qual seria ele ?
Tenho, não. Sento em frente ao notebook e começo. Flui normalmente. Às vezes, ouço música. Mas nem sempre. Também não tenho horário. Quando consigo, escrevo. Quando falta inspiração, vejo algum filme ou faço caminhada. Na verdade, onde consigo as melhores ideias, é quando caminho. Só preciso ter cuidado para atravessar as ruas! rsssssss

8. O que mais lhe chama a atenção em suas obras?
Talvez o tom de realidade na descrição das ações e ambientes. Isso fez com que a obra fosse um pouco maior do que muitos leitores estão habituados. Entretanto, consegui transmitir o que cada um dos cinco personagens sentiriam se fossem reais. Em três passagens específicas, o tom de realidade é tamanho, que pode incomodar o leitor mais desavisado ou emotivo. .

9. Falando um pouco sobre os escritores antigos e atuais, qual sua opinião sobre eles?
A educação no Brasil é extremamente conservadora em relação à literatura. Existe um medo exacerbado de que os escritores de velha guarda sejam esquecidos, ou que apenas eles conseguem transmitir algo que seja proveitoso para os jovens. Por causa desse pensamento, os colégios ainda ditam o gosto dos alunos, obrigando a leitura de obras que datadas e que não representam mais qualquer qualidade de aprendizado para a sociedade atual. O resultado disso é o afastamento dos leitores de obras nacionais, porque acreditam que o escritor nacional só cria histórias chatas e sem identificação com a juventude. Isso é totalmente fora da realidade. O Brasil possui excelentes autores que não ficam em nada atrás aos importados, ou aos da velha guarda. Se os colégios percebessem isso, e incentivassem a leitura de obras atuais e dentro do gosto desta geração, a quantidade de leitores aumentaria enormemente.

10. Quais são seus livros, autores e personagens favoritos? Eles te influenciaram de alguma forma na sua vida como escritor (a)?
Não tenho um autor favorito. Não existe unanimidade na qualidade das obras de nenhum autor. Prefiro me concentrar nas histórias. A primeira que me transmitiu um diferencial, que me transportou realmente para um mundo com o qual me identificava, foi As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain. É a representação total da juventude atrevida e inocente. Ainda hoje, sinto o gosto da rebeldia dos personagens. E se posso dizer que sofri alguma influência, seria dessa obra, mas não do autor.

11. Qual Livro recomendaria aos seus Leitores?
Existe livros que são obrigatórios pela mensagem que transmitem e pela qualidade da história. Posso citar o próprio As Aventuras de Tom Sawyer, O Nome da Rosa, O Pequeno Príncipe, O Poderoso Chefão, O Inferno de Dante, Romeu e Julieta, E o vento levou, e alguns mais recentes, como O lado bom da vida, As vantagens de ser invisível, Mundo Novo, O caçador de pipas, entre muitos outros. A literatura é uma arte rica e expansiva demais para ficar preso a listas de favoritos.

12. Em questão da publicação do seu primeiro livro: O que foi mais difícil desde a obra pronta até seu Lançamento? 
Tudo! rsssssss Por ignorância minha, não tinha conhecimento de que as editoras não publicam livros com mais de 300 páginas de autores desconhecidos. A menos que você pague por metade da tiragem. Assim, todas as editoras que não cobram, recusaram Fugitivos com essa justificativa. Não podiam arriscar produzir uma obra com 650 páginas sem qualquer garantia de retorno. Então, recebi o convite de publicar na Giostri, uma editora pequena, mas que poderia realizar meu intuito, que era ter um livro publicado comercialmente. Agora, com mais experiência, pretendo voltar com um novo livro, este dentro as exigências das grandes editoras.

13. Quais são suas expectativas para o lançamento?

Apenas aproveitar a visita dos amigos. Nesse período de divulgação, conheci pessoas incríveis, que ganharam minha estima e a quem acabei não conhecendo pessoalmente devido à distância. Nosso país é imenso! Acho que terei a oportunidade de conhecer parte dessas pessoas e agradecer pela confiança e fidelidade que repartiram comigo, mesmo sem lerem o livro, apenas pela amizade. Esse foi o maior prêmio que conquistei com Fugitivos.


Bom , para finalizarmos, deixe uma mensagem para os seus leitores?






Os livros são uma forma incrível de comunicação e aprendizado. Através deles, você tem diversas oportunidades. Você imagina o mundo e os personagens que a história descreve segundo a própria imaginação, você aprende novas palavras, aprende a construir frases, desenvolve a rapidez na leitura, conhece lugares imaginários, mas também reais, viaja pelo mundo, nosso ou de outro universo, aprende pela moral da história a diferença entre o certo e o errado, o amor e o ódio, o medo e a coragem. Ler é uma experiência única que deveria ser exercitada por todos. Não há lado negativo nessa prática. E se ainda não se convenceu, a leitura deixa seu vocabulário enriquecido, faz com que você tenha assunto, desenvolve sua fala, aumenta seu conhecimento e facilita a conquista de amizades ou da pessoa que deseja paquerar ;)


Carl, além de agradecer  pelo carinho que sempre teve com a gente, quero aproveitar para agradecer a pessoa maravilhosa que é! E deixar os meus mais sinceros votos de sucesso nessa nova jornada!!

E vocês, que querem saber mais sobre a autor e seu livro, acessem http://www.fugitivoslivro.com.br/.

Facebook: https://www.facebook.com/ckcbarros?fref=ts 
Fanpage: https://www.facebook.com/fugitivoslivro?fref=ts
Twitter: https://twitter.com/fugitivoslivro
Instagram: https://instagram.com/fugitivoslivro/
Skoob: https://www.skoob.com.br/usuario/1360504-carlos
Skoob Fugitivos: https://www.skoob.com.br/livro/398156ED450916

Galera, amanha, 25/09, será o lançamento do livro "Fugitivos" na Livraria Leitura, no BH Shopping às 18 hrs. Então, se você é de Belo Horizonte ou vai estar pela a cidade, não deixem de passar lá e dar aquela conferida no evento e adquirir o seu exemplar.

Vamos terminando o - Conversando com o Autor. Mas semana que vem tem mais um talento da nossa literatura.

Espero que estejam ansiosos!! Por que eu estou.=D

Quem será o nosso convidado(a) da próxima semana? Terão que esperar kkkkkkk


 Beijos da Bella e fiquem de olho.

3 comentários :

  1. Oi Bella e Carlos, muito legal a entrevista. Eu adorei Fugitivos e adoro a forma como o Carlos escreve, e também acho ele um cara incrível! Foi bom saber um pouco mais sobre ele Bella :)

    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Olá pessoal, adorei a entrevista!
    Estou super ansiosa pra ler 'Os Fugitivos'

    Beijokas da Quel ¬¬
    http://literaleitura2013.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  3. Parabens pela consquista Carlos!! Adorei conhecer melhor, adorei sua história e seu livro é muito bom!! Espero receber ele autografado!! Gostei muito do post, é muito bom a gente conhecer o autor e sua histórias de como eles criam esses mundos!!

    ResponderExcluir